A partida

Era um dia chuvoso, o dia também que descobrir que o silêncio falava, e talvez falasse até mais do que qualquer palavra, Amélia tocou o meu rosto molhado, porém não foi o mesmo toque da noite passada, faltava o calor que só nós dois sentiamos em dias frios. Não compreendi o seu olhar piedoso, cheio de compaixão. Com um beijo nos rosto ela acenou a mão, tentano disfarçar a lágrima com a chuva que caia, mas eu a conhecia muito bem , sabia quando ela chorava. Amélia não disse uma palavra, e eu estava sem compreender, mas compreendendo, sem saber descrever o que estava acontecendo. Meus batimentos cardiacos eram fortes, quase sufocantes, por um momento pensei que o meu propio coração fosse me mata. Fiquei parado sentindo a chuva cair, Amélia caminhou de costas olhando para mim, logo em seguida correu em meio a chuva, demorei para entender que aquilo foi um a deus, la estava ela sempre com o seu jeito louca que me conquistou. Não demorou muito para que eu entendesse que ali foi selado nosso fim, não entendi o porque, mas sei que foi algo magico, um amor nunca vivido, nunca experimentado, onde ninguém saiu ferido, muito pelo contrario, saimos fortes, quase guerreiros prontos para defenderem seu território.